Esperança e medo

30 outubro, 2008

Vem cá, só eu que estou com a impressão de que o Lula virou consultor de campanha do Obama?


“O horror, o horror”

14 outubro, 2008


Pedindo a devida licença a Coppola e Brando…


Stick a fork in me, I’m done

11 junho, 2008

A página do Project for the New American Century, a organização dedicada a “promot[ing] American global leadership” (traduzindo para o pindoramês, “manter a zelite WASP mandando nesta joça até o fim dos tempos”) agora dá a mensagem de que “a conta foi suspensa”.

O que quer dizer isso? Que eles consideram que o serviço está feito? Mêda.


Conservando com o chapéu dos outros

8 junho, 2008

Al Gore e Pascal Lamy têm toda a moral para dar lição no Brasil. Afinal, se a Amazônia fosse controlada pelos virtuosos Estados Unidos e França, ela já estaria “protegida” há tempos.

Coberta de concreto, mas protegida.


Num tindi. Ixprica di novo

3 abril, 2008

Míriam Leitão, aquela coisa, reclamou em sua coluna de 3 de abril (não devia ter sido no dia primeiro?) que enquanto Geisel gastou1 4% do PIB na tal infra-estrutura2 e em 1994 – época do odiado Itamar, portanto3 – foram gastos mais de 3%, o Cefalópode das Trevas gasta apenas 1,7%.

Juntando isso com o que já foi escrito no passado, eu fiquei confuso: a nobre artiodáctila virou apologista da tal “irresponsabilidade fiscal”, é isso?

1ela diz “investiu” – para fazer porto para exportação de soja e assemelhados pode
2estou supondo a parte da infra-estrutura pelo contexto e pela repetição monomaníaca das reclamações do Partido da Imprensa
3e também antes do milagre da multiplicação da dívida pelo Príncipe Desencantado – tá, chega de notas de pé de página


Dossiê Cohen

31 março, 2008

Vamos ver se eu entendi essa imensa lambança midiática:

Meses atrás, a máquina do cartel da mídia começou a criar a “crise” dos cartões corporativos. Conseguiram criar uma CPI, mas nem assim colou. O caso corria o risco de ser esquecido apesar dos maiores esforços do cartelzinho.

Até que a Veja (quem mais) aparece com um “dossiê” que seria usado para “chantagear a oposição”. No inimitável* estilo vejístico, a “reportagem” não dava sequer uma fonte, não dizia quem seria chantageado, e apresenta trechos de relatórios que aparentam ser de três fontes diferentes com gastos absolutamente inócuos de FHC e sua família. Mui previsivelmente, Folha e Estadão papagueiam o dossiê e incluem sentenças de morte para o futuro político de Dilma Rousseff – não porque tenham interesse nisso (que absurdo!) ou que comentários editoriais numa “reportagem” sejam algo normalíssimo.

A resposta de Dilma Rousseff é que não há dossiê algum, que a Casa Civil simplesmente organizou um banco de dados dos gastos desde 2001 a pedido do TCU, e que não há nada de comprometedor para ninguém, pois os dados já foram auditados e aprovados pelo próprio TCU.

E por quê, afinal, eu deveria duvidar disso? Depois de tanta palhaçada, Rousseff tem mais credibilidade do que o bando de Eurípides Alcântara. Raios, a lata de lixo aqui do meu lado tem mais credibilidade do que Eurípides Alcântara.

Sem falar que isso parece confirmar minha hipótese sobre o timing dos escândalos midiáticos: em primeiro lugar, Luís Nassif está há meses documentando as práticas da turma da Veja, incluindo o uso de dossiês contra inimigos, e o panfleto semanal resolveu adotar a tática do “acuse-o do que você faz e xingue-o do que você é” (quando a mão é invertida, eles fazem um escândalo); em segundo a discussão política corria o risco (pequeno, mas havia) de chegar a um nível adulto, com reforma tributária, o Banco Central ameaçando novamente arrebentar com a economia do país e outras coisas sérias – e então o panfleto reaparece para arrastar as coisas de volta para o nível do parquinho e do “quem fô hômi cospe aqui”. Como bônus, e com a eterna ajuda do cartelzinho, ainda sonha em eliminar a ameça Dilma e talvez, quem sabe, realizar o sonho de derrubar o presidente que nunca aceitaram.

Olímpio Mourão Filho deve estar tão orgulhoso.

*Apesar dos maiores esforços da Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Globo e outros menos cotados.


Da série “que descobrida você fazeu”

15 março, 2008

O G1 publicou uma reportagem do Bom Dia Brasil sobre os problemas causados pelo aumento do número de carros nas cidades brasileiras – 500 por dia só em São Paulo, dizem.

 Até aí nada demais. O bom é o parágrafo abaixo:

Especialistas e autoridades concordam em um ponto: o trânsito nas grandes cidades só vai melhorar com um sistema transporte publico (sic) eficiente, que atenda a um número maior de pessoas. Para isso, são necessários investimentos que priorizem corredores de ônibus e linhas de metrô e de trem.

 Não. Jura?


Beleza Pura

7 março, 2008

Confesso que zelite?

30 janeiro, 2008

Brincadeira do blog do Thiago Thuin: escreva em negrito as frases que se aplicam a você (adaptação tupiniquim de um meme dos EUA):

1. Mãe fez faculdade
2. Mãe terminou a faculdade
3. Pai fez faculdade
4. Pai terminou a faculdade
5. Algum parente de 1º grau é um profissional liberal ou professor universitário.
6. Era da mesma classe dos professores na escola, ou de uma classe superior.
7. Havia mais de 50 livros na sua casa quando criança.
8. Mais de 500 livros.
9. Alguém lia livros de criança para você regularmente.
10. Teve algum tipo de aula particular (incluindo judô, violino, jazz, etc)
11. Três ou mais tipos
12. Pessoas que se assemelham a você são representadas de maneira positiva na mídia.
13. Teve um cartão de crédito antes de fazer 18 anos.
14. Cursou escola particular, ou escola pública especial (CAP, Pedro II, Colégio Militar, etc.).
15. Fez cursinho.
16. Cursou universidade pública, ou PUC.
17. Família tem casa de praia/sítio.
18. Férias quando criança em hotel.
19. Viajou ao exterior antes de fazer 16 anos. (Paraguai conta?)
20. Viajou de avião antes de fazer 16 anos.
21. Ganhou um carro dos pais.
22. Algum tipo de obra de arte na casa da família.
23. Sua casa tinha uma vista.
24. A casa em que morava era própria.
25. Tinha seu próprio quarto.
26. Suas roupas quando criança eram todas novas.
27. Tinha sua própria TV.
28. Sabia outro idioma que não o português antes dos 18.
29. Mais de um.
30. Não é visado pela polícia por conta da aparência.
31. Pode entrar em edifícios com porteiro sem dificuldades.
32. Seus pais liam o jornal regularmente.
33. Seus pais o levavam a museus e/ou galerias de arte.
34. Você não sabia o valor das contas de casa (valor mesmo, em dinheiro, não “a importância”).
35. Seu sotaque é considerado “neutro” à sua volta.


O Santos-Dumont do século 21?

28 janeiro, 2008

A Scientific American de fevereiro publicou uma grande reportagem sobre o centro de pesquisa em Natal de Miguel Nicolelis, mais um artigo escrito pelo próprio, e outro artigo menor assinado por Nicolelis, pelo ministro Fernando Haddad e… Lula. Claro que este último provocou ataques histéricos nos direitosos da interneta. Só isso já valeu a revista…

A pergunta que faço é se esse projeto do Nicolelis teria algum futuro no reino do Príncipe e seu genial escudeiro Pedro “tecnologia é coisa que a gente compra” Malan.